Os mortos vivos
O sistema é uma fábrica de produzir ignorantes, pessoas mortas
por dentro, que não conseguem mover seus corpos por vontade própria.
São seres
que são manipulados 24 horas do seu dia, inclusive quando dormem, pois seus
sonhos são reflexos do escravagismo que sofrem diariamente.
Mecanizados andam iguais a robôs, pelas ruas, seus sorrisos
são fabricados em escala industrial, pois são induzidos por falsa felicidade e
futilidades coletivas que se fartam em programas sensacionalistas de TV ,
Rádio, novelas, músicas e tudo que é condutor de comportamentos, digamos
duvidosos.
Apenas 10% da população mundial não é conectada ao controle
remoto do sistema, esses sabem que estão vivos e são desconectados de qualquer
onda vibracional que tenta o manipular de qualquer ser insano que anda com
correntes e cadeados para pegar o próximo trouxa.
Seres mortos, gostam do que todos gostam, mesmo que isso no
seu íntimo não o agrada, mas o condiciona a ponto de se tornar tolerável, mesmo
que intragável ele ingere com seu sorriso construído por algum engenheiro
social. Assim segue o coletivo, movido a grosso modo, pelo fútil, o fácil, o
injusto, o "belo", o caro, o desnecessário.
Acordei, deixei minhas amarras, que deram o nó mal dado lá
no berçário. Acordei, de um pesadelo de ter olhos e não enxergar, ter boca e
não poder falar, ter ouvidos e ter que ouvir aquilo que não me agrada. To vivo,
ainda sim em um mundo de mortos é doloroso. Caminho entre cadáveres que se
mexem, mesmo com morte cerebral, ainda se mexem, é espantoso.
Viva a liberdade de pertencer a mim mesmo. É inenarrável
olhar para o mundo e dizer um dana-se, pois o que lhe ensinaram era digno de
lhe transformar apenas em um escravo. Hoje você mostra que seu cadeado, se abre
facilmente como uma caixa de fósforos e para completar ainda acendo um, para
iluminar meu verdadeiro caminho.
Por Jota Caballero
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