Tributo a um Cão!
“... o mais
altruísta dos amigos que um homem pode ter,
neste mundo
egoísta, aquele que nunca o abandona e nunca
mostra
ingratidão, é o cão” (...)
Senhores Jurados: o cão permanece
com seu dono na prosperidade e na pobreza; na saúde e na doença. Ele dormirá no
chão frio, onde os ventos hibernais sopram e a neve se lança impetuosamente.
Quando só ele estiver ao lado de seu dono, beijará a mão que não lhe tem
alimento a oferecer; ele lamberá suas feridas e as dores que aparecem nos encontros
com a violência do mundo. Ele guarda o sono de seu pobre dono, como se fosse um
príncipe.
Quando todos os amigos o
abandonarem, o cão permanecerá; quando a riqueza desaparecer e a reputação se
despedaçar, ele será constante, como o sol em sua jornada através do
firmamento. Se a fortuna arrastar o dono para e exílio, o desamparo e o
desabrigo, o cão fiel pedirá o privilégio maior de acompanhá-lo para protegê-lo
contra o perigo e para lutar contra seus inimigos.
E quando a última cena se
apresentar, a morte o levar em seus braços e seu corpo for deixado na laje
fria, não importa que todos os amigos sigam seu caminho: lá, ao lado da
sepultura, se encontrará o nobre cão, cabeça entre as patas, olhos tristes, mas
em atenta observação, fé e confiança.
Mesmo
na morte!”“.
Observação.
Esse
tributo foi apresentado ao júri popular pelo ex-senador George Vest, então
advogado, que representou o proprietário de um cão morto a tiros,
propositadamente, pelo vizinho. O fato ocorreu a um século, nos Estados
Unidos. O senador ganhou a causa e hoje
existe uma estátua do cão na cidade e seu discurso está inscrito na entrada do
tribunal de justiça.
Encaminhado por José Carlos Bortoloti
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